quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Sócrates


Apelido
Sócrates
Nascido
469 a.C. em Atene
Falecido
399 a.C. em Atene
Gênero
masculino
Nacionalidade
greca
Profissão
filósofo













Vida do filósofo Sócrates, saiba quem foi Sócrates, Filosofia grega


Sócrates: um dos mais importantes filósofos da antiguidade

Biografia e ideias de Sócrates

Sócrates nasceu em Atenas, provavelmente no ano de 470 aC, e tornou-se um dos principais pensadores da Grécia Antiga. Podemos afirmar que Sócrates fundou o que conhecemos hoje por filosofia ocidental. Foi influenciado pelo conhecimento de um outro importante filósofo grego: Anaxágoras. Seus primeiros estudos e pensamentos discorrem sobre a essência da natureza  da alma humana.

Sócrates era considerado pelos seus contemporâneos um dos homens mais sábios e inteligentes. Em seus pensamentos, demonstra uma necessidade grande de levar o conhecimento para os cidadãos gregos. Seu método de transmissão de conhecimentos e sabedoria era o diálogo. Através da palavra, o filósofo tentava levar o conhecimento sobre as coisas do mundo e do ser humano.

Conhecemos seus pensamentos e ideias através das obras de dois de seus discípulos: Platão e Xenofontes. Infelizmente, Sócrates não deixou por escrito seus pensamentos.

Sócrates não foi muito bem aceito por parte da aristocracia grega, pois defendia algumas ideias contrárias ao funcionamento da sociedade grega. Criticou muitos aspectos da cultura grega, afirmando que muitas tradições, crenças religiosas e costumes não ajudavam no desenvolvimento intelectual dos cidadãos gregos.

Em função de suas ideias inovadoras para a sociedade, começa a atrair a atenção de muitos jovens atenienses. Suas qualidades de orador e sua inteligência, também colaboraram para o aumento de sua popularidade. Temendo algum tipo de mudança na sociedade, a elite mais conservadora de Atenas começa a encarar Sócrates como um inimigo público e um agitador em potencial. 
Foi preso, acusado de pretender subverter a ordem social, corromper a juventude e provocar mudanças na religião grega. Em sua cela, foi condenado a suicidar-se tomando um veneno chamado cicuta, em 399 AC.

Algumas frases e pensamentos atribuídos ao filósofo Sócrates:

- A vida que não passamos em revista não vale a pena viver.
- A palavra é o fio de ouro do pensamento.
- Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância.
- É melhor fazer pouco e bem, do que muito e mal.
- Alcançar o sucesso pelos próprios méritos. Vitoriosos os que assim procedem.
- A ociosidade é que envelhece, não o trabalho.
- O início da sabedoria é a admissão da própria ignorância.
- Chamo de preguiçoso o homem que podia estar melhor empregado.
- Há sabedoria em não crer saber aquilo que tu não sabes.
- Não penses mal dos que procedem mal; pense somente que estão equivocados.
- O amor é filho de dois deuses, a carência e a astúcia.
- A verdade não está com os homens, mas entre os homens.
- Quatro características deve ter um juiz: ouvir cortesmente, responder sabiamente, ponderar prudentemente e decidir imparcialmente.
- Quem melhor conhece a verdade é mais capaz de mentir.
- Sob a direção de um forte general, não haverá jamais soldados fracos.
- Todo o meu saber consiste em saber que nada sei.
- Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo de Deus.

Livros sobre Sócrates

  •   Apologia de Sócrates 
    Autor: Platão
    Editora: Martin Claret
  • Fédon - Diálogo Sobre a Alma e Morte de Sócrates - Coleção A Obra-prima de Cada Autor

     
    Autor: Platão
     Editora: Martin Claret

  • O Julgamento de Sócrates - Edição De Bolso
    Autor: Stone, I. F.
    Editora: Companhia de Bolso
  • Filosofia da Educação - De Sócrates a Habermas

  • Autor: Konder, Leandro
  • Editora: Mauad
  • Sócrates - O Poder do Não - Saber - Coleção Filosofia & Gestão

  •  Autor: Drosdek, Andreas
     Editora: Vozes
  • Os Filósofos : Clássicos da Filosofia – Volume I – de Sócrates a Rousseau

    Autor: Pecoraro, Rossano
  • Editora: Vozes
  • Só Sei que Nada Sei - Sócrates, Platão e Aristóteles
    Autor: Menezes, Silvana
    Editora: Cortez
  • Compreender Sócrates

    Autor: Dorion, Louis-André
    Editora: Vozes
  • Socrates - Coleção Pensamento Vivo

    Autor: Martin Claret
    Editora: Martin Claret

  • À Maneira de Sócrates - Sete Segredos para Utilizar ao Máximo Sua Mente

    Autor: Gross, Ronald
    Editora: Best Seller Ltda
  • Sofistas. Sócrates e Socráticos Menores - Coleção História da Filosofia Grega e Romana I

    Autor: Reale, Giovanni
    Editora: Loyola


  • História da Filosofia Grega - De Sócrates aos Neoplatônicos

    Autor: De Crescenzo, Luciano
    Editora: Rocco


  • Sócrates - O Nascimento da Razão Negativa


    Autor: Benoit, Hecto
    Editora: Moderna
  • Frase de Socrates

    “Deve-se temer mais o amor de uma mulher, do que o ódio de um homem.” 


    “Não é dificil escapar da morte. Todo soldado sabe, basta sair fugindo. O mais dificil é escapar da maldade, pois ela é mais rapida que nós”

    “Todo o meu saber consiste em saber que nada sei.”

    “Aquele que quer mover o mundo, que primeiro mova a si mesmo.”

    “É muito mais facil corromper do que persuadir.”

    “Transforme as pedras que você tropeça nas pedras de sua escada.”

    “Conhece-te a ti mesmo, torna-te consciente de tua ignorância e será sábio”

    Sócrates.

Jean William Fritz Piaget

História de Piaget
Biografia, teoria de Piaget, construtivismo, psicologia educacional, frases de Piaget

Piaget: grande contribuição para a pedagogia

Nome completo: Jean William Fritz Piaget



Quem foi 

Um dos mais importantes pesquisadores de educação e pedagogia, Jean Piaget nasceu na cidade de  Neuchâtel (Suíça) em 9/08/1896 e morreu em 17/9/1980. Especializou-se em psicologia evolutiva e também no estudo de epistemologia genética. Seus estudos sobre pedagogia revolucionaram a educação, pois derrubou várias visões e teorias tradicionais relacionadas à aprendizagem.
Foi morar na cidade de Zurique em 1918, onde trabalhou num laboratório de psicologia e estagiou numa clínica de psiquiatria. Estudo psicopatologia na Universidade de Sorbonne na França.
Piaget também teve um considerável impacto no campo da ciência da computação. Seymour Papert usou o trabalho de Piaget como fundamentação ao desenvolver a linguagem de programação Logo.2 Alan Kay usou as teorias de Piaget como base para o sistema conceitual de programação Dynabook, que foi inicialmente discutido em Xerox PARC. Estas discussões levaram ao desenvolvimento do protótipo Alto, que explorou pela primeira vez os elementos do GUI, ou Interface Gráfica do Usuário, e influenciou a criação de interfaces de usuário a partir dos anos 1980.
Em 1919, viaja para Paris e começa a trabalhar no Instituto Jean-Jacques Rousseau, quando publica os primeiros artigos sobre a criança. O nascimento dos filhos (1925-1931) amplia o convívio diário com a "criança pequena" e possibilita o registro de observações que geram novas hipóteses sobre as origens da cognição humana. Durante sua estadia em Paris, Piaget conhece Théodore Simon, que o convida a padronizar os "testes de raciocínio de Cyril Burt, desenvolvidos nos Estados Unidos, experiência que lhe permitiu delimitar um campo de estudos empíricos: o pensamento infantil e o raciocínio lógico. Como resultado desse trabalho, Piaget é convidado para o cargo de coordenador de pesquisas do Instituto, função que inclui a "Maison des Petits" (Casa das crianças).

Vida e obra

Filho de Arthur Piaget, professor de língua e literatura medievais, e de Rebecca Suzane, uma das primeiras socialistas suíças, Piaget vive sua infância e adolescência em Neuchâtel onde, aos onze anos de idade (1907), publica o primeiro relato sobre um pardal albino.3 4 Nesse mesmo ano, torna-se auxiliar de Paul Godet, especialista em malacologia e diretor do Museu de História Natural da cidade.1 Aos catorze anos, o jovem Piaget ingressa no "Clube dos Amigos da Naturezanota 2 e em 1911 escreve os primeiros artigos sobre "taxonomia malacológica" para revistas especializadas.
Influenciado por sua mãe, Piaget frequenta a Igreja Independente de Neuchâtel (protestante) no mesmo ano em que inicia a leitura da obra de Henri Bergson, que o influenciou de maneira duradoura, e é envolvido por leituras variadas de filosofia e psicologia. Assiste às aulas de lógica, metodologia científica e psicologia. Confuso, Piaget vive um momento que opõe religião e ciência e se vê impelido a escolher a [fé]] ou o conhecimento.
Na filosofia de Bergson, busca um caminho possível para o conhecimento científico e a análise crítica da origem do conhecimento e descobre a epistemologia.5
Em um contexto de guerra (1915), Piaget conclui os estudos secundários, ingressa na Faculdade de Ciências da Universidade de Neuchâtel e publica A Missão da Ideia. Filia-se à Federação Socialista Cristã, em 1917. Em 1918, obtém o bacharelado em ciências naturais para, em seguida, finalizar a sua tese: Introdução à Malacologia da Região do Valais.
Entre 1915 e 1917, problemas de saúde o obrigam a estadias em Leysin. Piaget retoma, então, o dilema entre ciência e fé e, em 1918, escreve o romance filosófico e autobiográfico: Recherche - ("expressão que em frances tem um duplo sentido - "busca" e "pesquisa").
Nesse período, Piaget busca uma formação em psicologia e vai para Zurique. Lá, conhece Eugène Bleuler, então diretor em uma clínica psiquiátrica, e seu assistente Carl Gustav Jung. A perspectiva psicanalítica não o entusiasma e, em 1919, retoma seus estudos em malacologia e viaja para Paris. Na Sorbonne, conhece grandes nomes da psicologia e psicopatologia como Pierre Janet e Léon Brunschvicg. A estadia em Paris (1919-1921) se revela importante especialmente pelo encontro com Théodore Simon, que lhe possibilita investigar o pensamento infantil, e descobre na criança pequena uma forma própria de raciocínio. Estas pesquisas resultam na publicação de três artigos. Suas primeiras pesquisas em psicologia, como coordenador do Instituto Jean-Jacques Rousseau, resultam em um ciclo de cinco publicações: A linguagem e o pensamento na criança (1923); O raciocínio da criança (1924); A representação do mundo na criança (1926); A causalidade física na criança (1927); e O julgamento moral na criança (1931). Esta fase, sobretudo por apresentar a criança como sujeito da razão, "ainda que de uma razão própria"1 , desperta interesse de estudiosos e Piaget é convidado para expor suas ideias em universidades europeias e norte-americanas. Logo a seguir, Piaget participa de um Congresso Internacional de Psicanálise, em Berlim, com um trabalho sobre "o pensamento simbólico infantil". Com o livro A linguagem e o pensamento na criança Piaget apresenta um quadro do processo de aprendizado infantil. Qualificada como uma “coletânea de estudos preliminares”, tornou-se o início de uma obra influente sobre o desenvolvimento humano.
Além de suas pesquisas, Piaget mantém atividades como professor e assume as cadeiras de "Filosofia da Ciência, de Psicologia e de Sociologia" na Universidade de Neuchâtel. Em 1929, assume também a cadeira de "História do Pensamento Científico", e continua ensinando "Psicologia da Criança" no Instituto Jean-Jacques Rousseau. É também nesse ano que Piaget assume a direção do Bureau International de L'Education, vinculado à Unesco. A década de 1920 é representativa, também, na vida pessoal de Piaget. Em 1924, casa-se com Valentine Châtenay, com quem tem três filhos: Jacqueline (1925), Lucienne (1927) e Laurent (1931).1

A teoria dos estágios (1940 a 1945)

Através da minuciosa observação de seus filhos e principalmente de outras crianças, Piaget impulsionou a Teoria Cognitiva, onde propõe a existência de quatro estágios de desenvolvimento cognitivo no ser humano: os estágios sensório-motor, pré-operacional (pré-operatório), operatório concreto e operatório formal. Piaget influenciou a educação de maneira profunda. Para ele as crianças só podiam aprender o que estavam preparadas a assimilar. Aos professores, cabia aperfeiçoar o processo de descoberta dos alunos.
Nessa fase Piaget conclui suas pesquisas com Barbel Inhelder e Alina Szeminskanota 3 e investiga a gênese psicológica das "estruturas do pensamento" nas diversas áreas do conhecimento científico, diferentemente do estudo do pensamento infantil - a partir de sua expressão verbal - nos anos 1920. Agora, as entrevistas propõem problemas concretos e envolvem a possibilidade de a criança agir sobre os objetos, manipulando brinquedos, massinha de modelar, líquidos, flores.
Esses estudos abrangem temas diversos e resultam, cada qual, em uma publicação: O desenvolvimento das quantidades físicas (1941) - estuda os "invariantes físicos": massa, peso, volume; A gênese do número (1941); A noção de tempo na criança (1946); A geometria espontânea na criança (1948); A representação do espaço na criança (1948); e, entre tantos, destaca-se no período A gênese das estruturas lógicas elementares (1959) - que focaliza classificação e seriação, e Da lógica da criança à lógica do adolescente (1955) - que trata das "operações formais". O experimento com as crianças e os vários temas abordados são definidos a partir de uma discussão epistemológica em torno de cada uma das noções científicas estudadas. Nesse processo, as diferenças individuais entre uma criança e outra não é destacado, mas sim o processo de desenvolvimento das "estruturas operatórias" que caracterizam o pensamento científico. Convicto de que o desenvolvimento intelectual dá-se em estágios determinados, Piaget aborda em seus livros temas como as “estruturas operatórias” e demonstra o "sujeito epistêmico" como sendo o conjunto de características comuns a todas as crianças de um mesmo estágio de desenvolvimento.
Piaget continua atuando como professor de Psicologia experimental e Sociologia na Universidade de Lausanne (1938-1951) e na Universidade de Genebra (Psicologia Experimental), quando sucede Edouard Clapèrede (1940). Durante a Segunda guerra mundial (1942), ministrou no Collège de France conferências que foram depois reunidas na publicação “A psicologia da inteligência” (1947).
Em 1950, pública sua primeira síntese epistemológica - “Introdução à Epistemologia Genética” em três volumes: O pensamento matemático (volume I), O pensamento físico (volume II), e O pensamento biológico, psicológico e sociológico (volume III). Na mesma década, a partir da criação do Centro Internacional de Epistemologia Genética (CIEG) em 1955, intensifica o estudo e a investigação interdisciplinar, com a colaboração de pesquisadores de diversas áreas do conhecimento (lógica, física, matemática, psicologia, biologia, sociologia, epistemologia) e promove discussões acerca dos diversos pontos de vista e pesquisas com crianças. O resultado desse esforço é reunido nos Estudos de Epistemologia Genética, publicados anualmente entre 1955 e 1980.

Educação: uma nova filosofia

Na educação, enquanto pedagogista, Piaget utiliza sua “teoria dos “estágios” para contrapor o ensino tradicional, autoritário, herdado do século XIX. A Escola Nova critica, sobretudo no início do século XX, o ensino onde “o professor dita e o aluno copia e repete” – Paulo Freire chama-o de “educação bancária”. Na medida em que critica essa educação tradicional, Piaget é interpretado equivocadamente como um não "diretivista", um "espontaneísta": "Se o diretivismo entende que o professor ensina e o aluno aprende, o não diretivismo põe o ensino na berlinda e passa a pregar que a criança aprende por si mesma." A ideia piagetiana de interação não foi aceita nos moldes da escola tradicional.
A partir da trilogia: O nascimento da inteligência na criança; A construção do real na criança; A formação do símbolo na criança - Piaget relata seus estudos sobre o desenvolvimento cognitivo para demonstrar que "a capacidade cognitiva humana nasce e se desenvolve, não vem pronta". Dessa forma, marca oposição ao behaviorismo por um lado, e à Gestalt por outro, quando afirma que o conhecimento tem origem na interação "sujeito-objeto".nota 4 A ideia piagetiana de capacidade cognitiva, então, propõe que o conhecimento não nasce no sujeito, nem no objeto, mas origina-se da interação "sujeito-objeto".

Objeto de estudo de Piaget e principais contribuições

Piaget desenvolveu em suas pesquisas a teoria da construção do conhecimento, mais conhecida como Epistemologia genética, seu foco principal foi o sujeito Epistemológico o qual foi estudado pelo método clínico desenvolvido pelo próprio Piaget. A teoria explica como o conhecimento é adquirido e montado em nossa psiquê, desde a primeira infância até a maturescência humana. A obra deste estudioso é reconhecida em todo mundo, pois contribui para compreensão da formação e construção do intelecto.
Através desta teoria, diversas propostas de educação, diferenciadas para crianças em cada uma das fases, surgiram, todas com a pretensão de melhorar a educação através das características específicas de cada uma destas fases observadas, por Piaget, em seus estudos. Ao entender como acontece o processo de construção do conhecimento pode-se desenvolver métodos pedagógicos mais eficientes afim de aperfeiçoar ou substituir os sistemas de ensino já existentes. Como exemplo, um de seus alunos, Reuven Feuerstein, desenvolveu a Teoria da modificabilidade cognitiva estrutural. Esta afirma que a inteligência humana pode ser estimulada e que qualquer indivíduo, independente de idade e mesmo considerado inapto, pode adquirir a capacidade de aprender.

Homenagens internacionais

Piaget mantém seus compromissos internacionais junto ao Gabinete Internacional de Educação. Em 1952, é convidado para ensinar na Sorbonne - ocasião em que trata, entre outros, do tema das relações entre inteligência e afetividade. Dois anos depois, assume a presidência da União Internacional de Psicologia Científica (1954-1957).

Idéias 

As ideias de Piaget estão presentes em diversos colégios do mundo todo. Suas teorias buscam implantar nos espaços de aprendizagem uma metodologia inovadora que busca formar cidadãos criativos e críticos. De acordo com suas teorias, o professor não deve apenas ensinar, mas sim e antes de tudo, orientar os educandos no caminho da aprendizagem autônoma. 

Principais livros de Piaget 

- A Linguagem e o Pensamento na Criança (1923)
- O Juízo e o Raciocínio na Criança (1924).
- A representação do mundo na criança (1926)
- A causalidade física na criança (1927)
- O julgamento moral na criança (1931)
- O desenvolvimento das quantidades físicas (1941)
- A gênese do número (1941)
- A noção de tempo na criança (1946)
- A geometria espontânea na criança (1948)
- A representação do espaço na criança (1948)
- A gênese das estruturas lógicas elementares (1959)
- Da lógica da criança à lógica do adolescente (1955) 

Frases de Piaget 

- "O principal objetivo da educação é criar indivíduos capazes de fazer coisas novas e não simplesmente repetir o que as outras gerações fizeram." 

- "As estruturas operatórias da inteligência não são inatas." 



REFERÊNCIAS: 
Disponível em: http://www.suapesquisa.com/piaget/ - acesso em 27/11/2014 
Disponível em:   http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_Piaget - acesso em 27/11/2014





Paulo Freire

Paulo Freire, o mentor da educação para a consciência


O mais célebre educador brasileiro, autor da pedagogia do oprimido, defendia como objetivo da escola ensinar o aluno a "ler o mundo" para poder transformá-lo.


Paulo Freire (1921-1997) foi o mais célebre educador brasileiro, com atuação e reconhecimento internacionais. Conhecido principalmente pelo método de alfabetização de adultos que leva seu nome, ele desenvolveu um pensamento pedagógico assumidamente político. Para Freire, o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno. Isso significa, em relação às parcelas desfavorecidas da sociedade, levá-las a entender sua situação de oprimidas e agir em favor da própria libertação. O principal livro de Freire se intitula justamente Pedagogia do Oprimido e os conceitos nele contidos baseiam boa parte do conjunto de sua obra.
Ao propor uma prática de sala de aula que pudesse desenvolver a criticidade dos alunos, Freire condenava o ensino oferecido pela ampla maioria das escolas (isto é, as "escolas burguesas"), que ele qualificou de educação bancária. Nela, segundo Freire, o professor age como quem deposita conhecimento num aluno apenas receptivo, dócil. Em outras palavras, o saber é visto como uma doação dos que se julgam seus detentores. Trata-se, para Freire, de uma escola alienante, mas não menos ideologizada do que a que ele propunha para despertar a consciência dos oprimidos. "Sua tônica fundamentalmente reside em matar nos educandos a curiosidade, o espírito investigador, a criatividade", escreveu o educador. Ele dizia que, enquanto a escola conservadora procura acomodar os alunos ao mundo existente, a educação que defendia tinha a intenção de inquietá-los.

O CRIADOR DE IDÉIAS, O EDUCADOR


Durante mais de 15 anos, entre as décadas de 1950 e 1960, Paulo Freire dedicou-se às experiências no campo da educação de adultos em áreas proletárias e subproletárias, urbanas e rurais, em Pernambuco. Seu método de alfabetização nasceu dentro do MCP – Movimento de Cultura Popular do Recife – a partir dos Círculos de Cultura, onde os participantes definiam as temáticas junto com os educadores. Nesses grupos populares, ele identificou resultados tão positivos que passou a se questionar se não seria possível fazer o mesmo em uma experiência de alfabetização.
A educação como prática da liberdade é concebida dentro de um contexto em que o processo de desenvolvimento econômico e o movimento de superação da cultura colonial nas "sociedades em trânsito" que se define pela sociedade sem democracia para uma sociedade em processo de democratização, do ponto de vista do oprimido, na construção de uma sociedade democrática. Freire acredita que a educação tem papel imprescindível no processo de conscientização e nos movimentos de massas. Por considerá-la desafiadora e transformadora, mostra que para alcançá-la são imprescindíveis o diálogo crítico, a fala e a convivência. Educador e educando se movimentam no mesmo cenário, mas as diferenças entre eles acontecem “numa relação em que a liberdade do educando não é proibida de exercer-se”. Essa opção não é, apenas, pedagógica, mas sobretudo, política, o que faz do educador um político e um artista, jamais neutro.
Na sua concepção, a educação é um momento do processo de humanização, um ato político, de conhecimento e de criação. Portanto, educação implica no ato do conhecer entre sujeitos conhecedores, e conscientização é ao mesmo tempo uma possibilidade lógica e um processo histórico ligando teoria com práxis numa unidade indissolúvel.















“A conscientização é um compromisso histórico (...), implica que os homens assumam seu papel de sujeitos que fazem e refazem o mundo. Exige que os homens criem sua existência com um material que a vida lhes oferece (...), está baseada na relação consciência-mundo".


(Paulo Freire, Educação como prática da liberdade, 1966.)



Paulo Freire revelou ao mundo uma educação para além da sala de aula, da educação formal, capaz não só de ensinar conteúdos e comportamentos socialmente esperados e aceitos, mas também capaz de conscientizar a todos e a todas. Mais objetivamente pensou nos jovens e adultos trabalhadores, homens do campo e da cidade para abrir-lhes a possibilidade de enfrentarem a opressão e as injustiças. 


Características conceituais da concepção educacional de Paulo Freire (com base na análise de Carlos Alberto Torres no livro Paulo Freire: Uma Biografia Intelectual).

• “Interpretar o desenvolvimento da consciência humana e seu relacionamento com a realidade, permitindo que o educando a transforme com sua prática.
• A educação não é uma questão pedagógica. Ao contrário, é uma questão política. Pedagogia crítica, como uma práxis cultural, contribui para revelar a ideologia encoberta na consciência das pessoas.
• A pedagogia do oprimido é designada como um instrumento de colaboração pedagógica e política na organização das classes sociais subordinadas;
• A especificidade da sua proposta é a noção de consciência crítica como conhecimento e práxis de classe.
• Em termos educacionais, sua concepção é uma proposta anti-autoritária, na qual professores e alunos ensinam e aprendem juntos. Partindo-se do princípio que educação é um ato de saber, professor-aluno e aluno-professor devem engajar-se num diálogo permanente caracterizado por seu ‘relacionamento horizontal’. Esse é um processo que toma lugar não na sala de aula, mas num círculo cultural.”



Algumas palavras próprias da pedagogia de Paulo Freire:

Amorosidade – Para Freire, a “educação é um ato de amor”, sentimento em que homens e mulheres vêem-se como seres inacabados e, portanto, receptivos para aprender. 

Cultura – Para Freire, “cultura é tudo o que é criado pelo homem. É o resultado do seu trabalho, do seu esforço criador e recriador (...).” 

Curiosidade  A curiosidade alimenta o desejo de saber mais. Ela causa inquietação, insatisfação desencadeando a busca pelo conhecimento. "Não é a curiosidade espontânea que viabiliza a tomada de distância epistemológica. Essa tarefa cabe à curiosidade epistemológica – superando a curiosidade ingênua, ela se faz mais metodicamente rigorosa. Essa rigorosidade metódica é que faz a passagem do conhecimento ao nível do senso comum para o conhecimento científico. Não é o conhecimento científico que é rigoroso. A rigorosidade se acha no método de aproximação do objeto." (FREIRE, P. À sombra desta mangueira. São Paulo: Editora Olho d’Água, 2ª edição, 1995, p. 78.)

Diálogo – “O diálogo aproxima os homens entre si e do mundo em que vivem. É capaz de transformá-lo e, transformando-o, o humaniza para a humanização de todos.” 


Leitura do mundo – Ler o mundo é 
aproximar-se criticamente da realidade. A leitura de mundo possibilita a análise crítica da realidade e a sua compreensão.

Política – A educação, na perspectiva da prática da liberdade, é um ato político. Não existe educação neutra. Na concepção de Freire, política é o conjunto de opiniões e/ou simpatias de uma pessoa com relação à sua realidade e sua capacidade de transformá-la.




Retrospectiva da vida de Paulo Freire



Casa onde Freire nasceu.


Paulo Freire com 1 ano de idade.


Livro de bebê escrito por sua mãe.


Sua mãe, Dona Edeltrudes Freire.


Freire com 10 anos de idade


Freire, o menor, com os irmãos e a irmã, na década de 20.


Paulo Freire na juventude.


Em 1944, Paulo Freire casa-se com a professora primária Elza Maia Costa de Oliveira.


Em 1947, Paulo Freire formou-se em Direito, mas logo abandonaria a profissão.


Freire e Elza à direita, reunido com grande parte da sua família, em 1957.



Na década de 1950 assume a diretoria do Sesi do Recife.



Freire com formandos do Sesi.


Solenidade no Sesi.


O educador francês Pierre Furter, visita o Brasil para estudar o Método Paulo Freire
de Alfabetização.


Tese de Doutorado de Freire.


Com trabalhadores em um círculo de cultura, durante a experiência de Angicos em 1963.


II Congresso Brasileiro de Educação de Adultos. O método Paulo Freire de Alfabetização estava
em plena construção.



Círculo de Cultura em Angicos, 1963.


Imprensa da época repercute experiência de Angicos.


Homem sendo alfabetizado no Círculo de Cultura do Gama, em setembro de 1963.


Salas de aula transformaram-se em Círculos de Cultura.


O então Presidente João Goulart assina, em janeiro de 1964, o Decreto que criou Plano Nacional de Alfabetização, coordenado
por Paulo Freire.


Reunião do Conselho Nacional de Educação para discutir ações do Plano Nacional de Alfabetização.


Paulo Freire, com o ministro da Educação, visitando Círculo de Cultura do Gama (DF), em 1963


Documento requerendo consulta de possíveis antecedentes criminais de Freire.


Salvo-conduto do Governo boliviano autorizando entrada de Freire naquele país.


Representação do Método Paulo Freire no Chile.


Representação do Método Paulo Freire no Chile.


Um dos livros mais importantes
de Freire.


Freire com o filho Lutgardes
no exílio.


Paulo Freire participa do 1º Seminário de Alfabetização em Monte Mário, na República de São Tomé e Príncipe, em 1976.


Freire com o coordenador do Programa de Alfabetização de Guiné-Bissau (1976).


Paulo Freire com seu filho Lutgardes e Betinho com seu filho Daniel, no Canadá, de férias,
em 1978.


1978, Paulo Freire ao lado de Miguel Darcy de Oliveira, do IDAC, e de Mário Cabral, Ministro da Informação e Cultura da Guiné-Bissau.


Livro que trata das experiências educacionais em Guiné-Bissau.


Paulo Freire na Índia, fevereiro
de 1979.


Carta de Henfil em solidariedade a Freire e outros exilados.


1984, Ministra da Educação do Chile diz ao Ministro da Educação do Brasil que o método Paulo Freire é sucesso em seu país.


1985, uma das aproximadamente 80 classes de povos nômades do deserto do Quênia que seguiam o método Paulo Freire.


Década de 80. Método Paulo Freire também está nos EUA.


Após 16 anos de exílio, em junho de 1980, Freire retorna ao Brasil.


Freire foi recepcionado por uma multidão no aeroporto de Viracopos, em Campinas.


Passaporte de Freire com o tão sonhado visto para entrar no Brasil.


Freire recupera também seu Título de Eleitor e seus direitos de cidadão brasileiro.


Freire participa de movimentos populares na década de 80 no Brasil.


Freire participa de movimento pela democracia na cidade de Osasco.

  

Paulo Freire, com seu amigo Jim, em 1983. Amor pelos animais.




Junto com Lula e outras lideranças, Freire ajuda a fundar o Partido dos Trabalhadores.


A prefeita eleita de São Paulo, Luiza Erundina, convida Freire para a Secretaria de Educação da cidade.


Posse de Paulo Freire na Secretaria de Educação da cidade de São Paulo.


O MOVA BRASIL, de inspiração freireana, é um projeto da Petrobras em parceria com o Instituto Paulo Freire e com a Federação Única dos Petroleiros, com a meta de alfabetizar 40 mil jovens e adultos e capacitar 4.600 alfabetizadores em 3 anos.


O Programa BB EDUCAR, da Fundação Banco do Brasil, é exemplo de prática de cidadania e inclusão social, a partir da concepção freireana
para a educação.


Freire recebe o Prêmio rei Balduíno, em Bruxelas.


Em agosto de 1986, Freire recebe o Título de Cidadão Paulistano.


Medalhas recebidas por Freire em todo o mundo.


Escolas com o nome de Paulo Freire, no Brasil e no exterior.



Em setembro de 1986, Paulo Freire recebe o Prêmio da Unesco de Educação para a Paz.



Caricatura de Claudius Ceccon representando o amor e o respeito de Freire pela natureza.



Neste livro Paulo Freire aparece como o homem do mundo, mas fiel às suas referências nordestinas, à sua proposta transformadora.


Em outubro de 1986, Paulo Freire perde Elza Freire, com quem ficou casado por 42 anos.


Paulo Freire com Myles Horton, nos Estados Unidos, em 1986.




Escultura de Paulo Freire, Pablo Neruda, Mao Tse-Tung,
entre outros, em praça de Estocolmo, Suécia.


Guache do artista plástico pernambucano Francisco Brennan, retratando ação do Método
Paulo Freire.


Em março de 1988, Freire inicia nova etapa da sua vida, ao lado de Ana Maria Araújo Freire.


Homenagem a Paulo Freire, em Veneza, 1989.


Paulo Freire em sua biblioteca, em 1995, posando para a capa do livro “Paulo Freire Uma Bibliografia”.


Recebendo o Título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Conplutense de Madri, 1991.


Último manuscrito de Freire, protestando contra o assassinato do índio Galdino, em Brasília.


Representação caricatural do artista Laílson (Diário de Pernambuco) da morte de Paulo Freire em 2 de maio de 1997.


Morte de Paulo Freire repercute na imprensa brasileira.


Desenho de Ronaldo, representando a morte de Freire.


Morte também foi anunciada pela imprensa mundial.


Livro “Paulo Freire, Uma Biobibliografia”, de Moacir Gadotti, lançado em 1996.



Livro Pedagogia da Tolerânciaorganizado por Ana Maria Araújo Freire, reunindo textos de Freire.


Paulo Freire, o pensador,
o criador de idéias, o educador
sem fronteiras.



Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão.

Paulo Freire


Referencias: